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Uma jovem mulher sentada junto a uma árvore, enquadrada num belo cenário ao ar livre, toca harpa. O seu olhar está virado para um homem que também retribui, enamorado. No Céu, dois ‘putti’ seguram uma partitura com fragmento musical legível, que está a ser executado. A música da partitura tem texto: ’Dilectus meus candidus et rubicundus’. Este excerto é também retirado do Cântico dos Cânticos, capítulo 5, versículo 10, onde fala a esposa: ‘Dilectus meus candidus et rubicundus; electus ex millibus’ (’O meu amado é branco e rosado e destaca-se entre dez mil’). Os anjos estão, desta forma, a segurar a partitura com a música que toca e canta a jovem esposa. Em baixo está a inscrição que corresponde à resposta do esposo: ‘SONET VOX TVA IN AVRIBVS MEIS;VOX ENIM TVA DULCIS. Cantic.2’. Este é um excerto em latim do segundo cântico do livro ‘Cântico dos Cânticos’, versículo 14: ‘Columba mea in foraminibus petræ in caverna maceriæ ostende mihi faciem tuam sonet vox tua in auribus meis vox enim tua dulcis et facies tua decora ‘ (’Pomba minha, que te aninhas nos vãos do rochedo, nas fendas dos barrancos... Deixa-me ver a tua face, deixa-me ouvir a tua voz, pois a tua face é tão formosa e tão doce a tua voz!’). A barra é decorada com volutas, ‘putti’, aves, etc. ,Harpa com 22 cordas. É possível ver toda a estrutura: caixa de ressonância com duas rosáceas o cravelhame e um braço.