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Título próprio
Amália Rodrigues 1920-1999
Lugar de criação
Lisboa
Descrição

Vemos uma mulher (busto), à direita do observador, de cabelos negros pintada em tons escuros (preto e cinzento) sobre um fundo contrastante vermelho. Ainda em fundo negro, fundindo-se com a mancha de cabelo, temos pintadas uns motivos florais em cores garridas (vermelho, verde, amarelo, azul, etc). Temos duas inscrições: a primeira, mais à esquerda do observador, indica “Sou do povo por condição”; a segunda, ao centro, indica “Amália Rodrigues nossa, 1920-1999”. Existe outro texto que não foi possível descodificar através da análise da imagem. Junto à primeira inscrição existem ainda figuras abstractas coloridas. Obviamente identificada pela legenda estamos perante uma representação da célebre cantora de fado, Amália Rodrigues. A figura é jovem. Através do uso da palavra “nossa” o pintor pretende mostrar que Amália é uma herança cultural portuguesa, de todos, ainda viva na memória colectiva. A frase sou do povo por condição” foi proferida pela própria artista: "As pessoas tendem sempre a guindar-se a um meio. Eu não sou de meio nenhum. Nunca pertenci ao meio em que nasci (...) A alta sociedade também não pertencia. (...) Não sou do cinema, nem da rádio, nem da burguesia. Do meio do fado também nunca fui. Sou do povo por condição. Não tenho orgulho nem pena." O símbolo do lado direito do observador é inspirado no Galo de Barcelos. terá sido usado pelo pintor para acentuar a “portugalidade” de Amália e a sua ligação incondicional ao povo.

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