ID_000314

Título genérico
História de David
Autor/Criador
Desconhecido
Altura (cm)
sem medida fornecida
Largura (cm)
sem medida fornecida
Lugar de criação
Lisboa
Instituição
Mosteiro de S. Vicente de Fora
Descrição

Cena musical com um grupo de jovens mulheres e crianças. Analisando os painéis que circundam este registo (história de David) podemos relacionar esta representação com a seguinte passagem bíblica: “Quando David voltou da guerra, que levou a cabo sob a ordem do rei Saúl, todas as mulheres e crianças de Israel sairam à rua, cantando e dançando ao som de pandeiros, címbalos e gritos de alegria. As mulheres dançavam e cantavam: ‘Saúl matou mil, mas David matou dez mil’, tornando o rei invejoso”(1 Sam 18, 5-9). A dança, a que se refere a passagem, é ilustrada pelo movimento e balanço corporal de algumas das mulheres (como a que toca um cordofone friccionado, ou a que bate palmas), mas os instrumentos não são os mesmos: os címbalos são substituídos por um triângulo com argolas (que vibram por simpatia depois da percussão do instrumento), os pandeiros por pequenos tímpanos tocados por uma criança, aos quais se juntam outros instrumentos, como um cordofone dedilhado (tipo alaúde), trombetas e trompas. A moldura é em ‘trompe l’oeil’ decorada com pilastras, volutas, máscaras, festões, ‘putti’, etc. Cena copiada de gravura de Antonio Tempesta.,A criança toca apenas um tímbale.,Trompa natural de caça em forma de crescente com curvatura exagerada. A mulher segura também um triângulo.,Trompa natural de caça em forma de crescente.,O número de cordas do instrumento é incorrecto.,Instrumento algo híbrido, com características imaginadas pelo pintor e que mistura elementos da família do violino, da viola da gamba e da guitarra. Os trastos são característicos da família da viola, a voluta e as aberturas em ff (mal posicionadas) da família dos violinos. A boca, no centro do instrumento, característica das guitarras, está colocada em vez do cavalete e as 5 cordas do instrumento lembram as guitarras de cinco ordens. A posição da mão no arco, com a palma virada para dentro, é típica da família dos violinos (nas violas estaria virada para fora) e a mão esquerda simplesmente ‘agarra’ o braço, em vez dos dedos estarem sobre os trastos. A posição de execução é igualmente bizarra. O instrumento está apoiado entre as pernas devido à normal ausência do espigão nesta época. Mas a executante deveria estar sentada, sendo quase impossível, na realidade, tocar um instrumento destes em pé e a dançar.

Instrumento(s)
INS_SH – Participantes
211.12,grupo de instrumentos musicais,423.121.2,423.121.2,321.321,3
Bibliografia

SIMÕES, J.M. dos Santos 'Azulejaria Portuguesa do século XVIII'
ROCHA, Luzia Al zulaijo: Music in the Ceramic Tiles of São Vicente de Fora Monastery in Lisbon 'Music in Art'

IconClass DescCena ID
71 H,48 C 7,43 C 9,31 D 15,43 C 74 32