- Título genérico
- Vénus e Adónis
- Autor/Criador
- BERNARDES, António de Oliveira (atrib.)
- Altura (cm)
- 165
- Largura (cm)
- 432
- Lugar de criação
- Lisboa
- Instituição
- Palácio do Marquês de Tancos
- Descrição
Numa clareira de um bosque, junto a uma árvore, Vénus e Adónis descansam e entregam-se aos prazeres do amor. O carro da deusa flutua em cima de nuvens. Esta lança-se nos braços do jovem, mostrando-se vulnerável perante um humano, e os dois beijam-se. Vários ‘putti’, com asas de ‘borboleta’ interagem com o casal, adornando também a cena. Um deles dispara uma flecha em direcção do casal, atingindo-os. Outros dois colocam-lhes grinaldas de flores. A aljava de Adónis e a sua trompa de caça encontram-se pousadas no chão, um pouco mais afastadas, mostrando que o caçador se encontra a descansar da caça. Um grupo de ‘putti’ toma conta dos seus cães, enquanto que alguns deles ainda perseguem um veado, em segundo plano da composição. É curioso que, a nível compositivo, a cena principal desenrola-se do lado direito do observador, encaminhando o olhar do espectador para um recanto do painel, acentuando o lado privado do momento. A representação explícita e clara de um beijo, mesmo no imaginário profano, é rara (senão única) na azulejaria portuguesa. Esta cena é muito semelhante a uma gravura de Jean Lepautre, que representa a morte de Adónis e a sua transformação em flor. A barra é composta por motivos vegetalistas e ‘putti’. ,Trompa natural de caça em forma de crescente.
- Instrumento(s)
- INS_SH – Participantes
- 423.121.2
- Observações
Alguns azulejos encontram-se substituídos.