- Título genérico
- Apolo e Dafne
- Autor/Criador
- Desconhecido
- Altura (cm)
- 206 (ponto mais alto da moldura recortada)
- Largura (cm)
- 485
- Lugar de criação
- Lisboa
- Instituição
- Palácio Centeno
- Descrição
Mito de Apolo e Dafne. Apolo persegue Dafne tentando agarrá-la. A ninfa encontra-se em processo de metamorfose, vendo-se já os ramos de loureiro. Um ‘putto’ tenta agarrá-la. Apesar de o pintor não ter usado a habitual representação da lira de Apolo, este mito tem um cariz musical, pois Apolo é uma divindade protectora de músicos e poetas. A moldura é exuberante, recortada, decorada com pilastras, ‘putti’, flores, colunas, etc. Destacam-se as figuras de Vénus e Diana, que ladeiam a cena de Apolo e Dafne. Vénus, à esquerda do observador, segura um coração com a chama, aludindo ao amor como ‘fogo que arde sem se ver’ (Camões , ‘Os Lusíadas’). Do lado direito do observador está Diana, identificada pelo crescente na cabeça e pela aljava com flechas. Na sua mão está um objecto semelhante a um arco. A mesma cena, cópia de gravura de Bernard Salomon, está representada noutros painéis: Palácio Centeno (cfr. PT_163b), Palácio Xabregas (cfr. PT_194b), Quinta do Molha Pão (cfr. PT_219b), Casa Museu Verdades Faria (cfr. PT_478b), Museu da Cidade (cfr. PT_ 533b) e Palácio dos Condes D’Óbidos (cfr. PT_113b). Apesar da ausência de instrumento musical, Apolo é uma divindade que tutela as Musas e as artes musicais.