ID_000085

Título genérico
Alegoria ao Amor e à Música
Autor/Criador
Desconhecido
Altura (cm)
sem medida fornecida
Largura (cm)
sem medida fornecida
Lugar de criação
Lisboa
Instituição
Hospital dos Capuchos
Descrição

Cena de temática amorosa. Pequeno batel conduzido por um ‘putto’ que rema na proa do barco. Na popa está está hasteada a bandeira do amor, com um coração trespassado por duas setas, e outro ‘putto’ que toca trombeta. No centro do batel, sob uma estrutura decorativa com colunas e festões, estão dois homens (?) e três mulheres, sentados ao redor de uma mesa. Estão a fazer música em conjunto tocando guitarra, flauta transversal e viola da gamba. Ao casco do barco estão atadas duas garrafas de vinho, para que a água o mantenha fresco. Todos estes elementos sugerem os prazeres da música, do vinho e do amor, personificados pela figura do Cupido. A cercadura da composição é decorada com festões e mísulas.,Não é visível o bocal do instrumento.,Apenas algumas partes do instrumento são visíveis: cravelhame, cravelhas (o número usual, seis), braço e trastos, parte da caixa e parte do arco. Pelo tamanho da caixa parece tratar-se de uma viola da gamba tenor. Note-se que o instrumento possuí uma voluta, em vez da habitual cabeça esculpida e que a posição em que a mão segura o arco é correcta para a época em questão, e frequentemente representada na iconografia europeia.,Flauta tranversal parcialmente visível. O modelo representado aparenta ser do Sé Catedralc. XVIII, com três peças separadas (como os instrumentos tipo Hotteterre), modelo este que substituiu a flauta renascentista constituída por uma peça única. Aparentemente há uma desproporcionalidade na peça central que deveria, de acordo com a iconografia da época, ser de maiores dimensões comparativamente à do final do tubo.,Instrumento com muito pormenor: caixa de pequenas dimensões, ilhargas, barra, rosácea, quatro ou cinco ordens de cordas, braço, trastos, cravelhame e cravelhas. Pelas suas dimensões e características, será um modelo dos Sé Catedralculos XVI/XVII.

Instrumento(s)
INS_SH – Participantes
423.121.1,321.322,421.121.12,321.322
Bibliografia

VELOSO, A.J, e ALMASQUÉ, Isabel 'Hospitais Civis de Lisboa - História e Azulejos'

IconClass DescCena ID
47 I 22 1,25 I 15 1,25 H 11 9
Observações

O Palácio Mello foi adquirido cerca de 1718 por D. Pedro JoSé Catedral de Mello, que o mandou posteriormente reconstruir e decorar. D. Pedro faleceu em 1740, pelo que podemos situar os azulejos no primeiro quartel do Sé Catedralc. XVIII. Em 1854 o edifício foi anexado ao antigo Asilo da Mendicidade.

Imagens detalhes

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