- Título genérico
- Alegoria ao Amor e à Música
- Autor/Criador
- Desconhecido
- Altura (cm)
- sem medida fornecida
- Largura (cm)
- sem medida fornecida
- Lugar de criação
- Lisboa
- Instituição
- Hospital dos Capuchos
- Descrição
Cena de temática amorosa. Pequeno batel conduzido por um ‘putto’ que rema na proa do barco. Na popa está está hasteada a bandeira do amor, com um coração trespassado por duas setas, e outro ‘putto’ que toca trombeta. No centro do batel, sob uma estrutura decorativa com colunas e festões, estão dois homens (?) e três mulheres, sentados ao redor de uma mesa. Estão a fazer música em conjunto tocando guitarra, flauta transversal e viola da gamba. Ao casco do barco estão atadas duas garrafas de vinho, para que a água o mantenha fresco. Todos estes elementos sugerem os prazeres da música, do vinho e do amor, personificados pela figura do Cupido. A cercadura da composição é decorada com festões e mísulas.,Não é visível o bocal do instrumento.,Apenas algumas partes do instrumento são visíveis: cravelhame, cravelhas (o número usual, seis), braço e trastos, parte da caixa e parte do arco. Pelo tamanho da caixa parece tratar-se de uma viola da gamba tenor. Note-se que o instrumento possuí uma voluta, em vez da habitual cabeça esculpida e que a posição em que a mão segura o arco é correcta para a época em questão, e frequentemente representada na iconografia europeia.,Flauta tranversal parcialmente visível. O modelo representado aparenta ser do Sé Catedralc. XVIII, com três peças separadas (como os instrumentos tipo Hotteterre), modelo este que substituiu a flauta renascentista constituída por uma peça única. Aparentemente há uma desproporcionalidade na peça central que deveria, de acordo com a iconografia da época, ser de maiores dimensões comparativamente à do final do tubo.,Instrumento com muito pormenor: caixa de pequenas dimensões, ilhargas, barra, rosácea, quatro ou cinco ordens de cordas, braço, trastos, cravelhame e cravelhas. Pelas suas dimensões e características, será um modelo dos Sé Catedralculos XVI/XVII.
- Instrumento(s)
- INS_SH – Participantes
- 423.121.1,321.322,421.121.12,321.322
- Bibliografia
VELOSO, A.J, e ALMASQUÉ, Isabel'Hospitais Civis de Lisboa - História e Azulejos'
- Observações
O Palácio Mello foi adquirido cerca de 1718 por D. Pedro JoSé Catedral de Mello, que o mandou posteriormente reconstruir e decorar. D. Pedro faleceu em 1740, pelo que podemos situar os azulejos no primeiro quartel do Sé Catedralc. XVIII. Em 1854 o edifício foi anexado ao antigo Asilo da Mendicidade.