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Descrição: Caricatura de quatro páginas, publicada em 29 de novembro de 1876, no periódico “O Mosquito”, que representa uma suposta jornada de Rafael Bordalo Pinheiro na cidade do Rio de Janeiro, tentando alcançar um “noticiarista”, com o objetivo de buscar assuntos para serem publicados no periódico. O percurso percorrido por Bordalo e o “noticiarista” acompanha a programação cultural da cidade, onde percebe-se que a música ocupava um espaço importante, notadamente entre as óperas e o “teatro musical”. Ao longo do percurso alguns dos principais teatros da cidade naquela época são mencionados, destacando-se: o Imperial Teatro São Pedro de Alcântara, o Imperial Teatro Pedro II, o Teatro Ginásio Dramático e o Teatro São Luiz. Nessa caricatura, é possível observar que os espetáculos teatrais denominados como “mágicas” também tinham uma presença significativa na programação da cidade, destacando-se dois os quais estavam em cartaz naquele momento: “Lâmpada Maravilhosa” e “Amores do Diabo”. A presença da música nesse tipo de espetáculo evidencia-se no detalhe da caricatura dedicado à mágica “Amores do Diabo”, onde Bordalo apresenta a música como elemento de destaque, representando-a através da performance da soprano conhecida como “Mme. Alhaiza”, cantora que ocupou um espaço significativo na crítica musical da imprensa do Rio de Janeiro naquele mesmo momento.

Instrumento(s)

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Bibliografia: FARIA, João Roberto. Moreira Sampaio e a Mágica (féerie) no Brasil. A Cornucópia do amor. Rebento: revista das artes do espetáculo, São Paulo, n. 7, p. 90-121, dezembro 2017. FREIRE, Vanda. As mágicas e a circularidade de gêneros musicais. In: LOPES, A. H.; ABREU, Martha, ULHÔA, Martha T. e VELOSO, Mônica P. Música e história no longo século XIX. Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 2011, p. 209-235. GARCIA, Gilberto Vieira. Bordalo Pinheiro no Brasil, Mágicas e Iconografias musicais: entre encenações políticas e artísticas. (no prelo)